6.10.09

barganha 1

Não me canso de falar do mundo de fantasia que tenho tentado criar pra mim. Um universo encantado de coisas não muito lúcidas, creio. Não me importo mais com pequenos detalhes. Tenho construído (tijolo por tijolo) um abrigo subterrâneo que dentro em breve estará pronto pra ser habitado. Lá dentro também terei acesso a uma bolha de oxigênio mental e paredes cinza-prata-fosco.
Dai que se danem as garotas malvadas dos supermercados, os automóveis em velocidade, as catracas dos ônibus e dos metrôs, os edifícios, os seguidores religiosos e os (maus) carrinhos de cachorro quente. Quero os com salada fresca e mostarda. Não me encanto mais com esse papo de x-tudo ou novidades novelísticas. Será que existe um botão vermelho pronto pra mandar pelos ares alguns canais de televisão? Por favor, diga que sim.
E
ssa não é a hora de reclamar acho, mas também não é a hora de parar a construção da fuga. A fuga. Eu quero a fuga. Quero logo. Quero a desparafuzação da cidade o quanto antes, a introdução (não temporária) dos vigilantes da picaretagem e dos exterminadores de burrice. Às vezes eu imagino algumas instituições sendo automaticamente deletadas da sociedade humana. Imaginem o plim plim sendo desligado pra nunca mais? Uau, que pena que isso não vai rolar tão cedo. Eles vão cobrir as Olimpíadas de 2016 e vão lucrar um bocado com isso. Que péssimo imaginar. Quanto será a barganha?

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